Monitorização

    O controlo da Diabetes, actualmente, é feito através de um teste, denominado teste da glicemia capilar que consiste em "picar o dedo". Extrai-se uma gota de sangue e coloca-se num aparelho que mede os níveis de glicose no sangue e permite controlar as doses de insulina.

    Contudo, este modo convencional de monitorização da doença é algo doloroso e tem certas desvantagens: não pode ser feito enquanto o paciente está a dormir ou a conduzir, ou seja, durante os intervalos de tempo entre os testes, podem ocorrer flutuações dos níveis de glicose que poderão ser prejudiciais para o indivíduo.

    

Fig.1 Teste de glicemia capilar.

     Os níveis de glicose no sangue devem ser controlados por mecanismos contínuos e não invasivos.

A nanomedicina na monitorização da diabetes

    Com uso das nanopartículas será possível outro método de monitorização da glicose: o implante de nanopartículas através de uma "tatuagem", denominada "tatuagem inteligente".

    É uma alternativa que vem melhorar o modo convencional de medição da glicose. A "tatuagem inteligente" consiste na aplicação, debaixo da pele, de uma "tatuagem" de nanopartículas: uma espécie de tinta que contém partículas capazes de detectar a glicose no sangue.

    As nanopartículas têm aproximadamente 120 nanómetros de diâmetro,e são compostas em três partes: pela molécula detectora de glicose, um pigmento de cor mutável e uma molécula que imita a glicose. As três partículas movem-se constantemente dentro de uma cápsula hidrofóbica.

    A molécula que detecta a glicose une-se às moléculas de glicose ficando amarela, ou na ausência da mesma, une-se à molécula que imita a glicose e fica roxa. Assim, na presença de elevadas concentrações de glicose “verdadeira" a tatuagem fica amarela, ou pelo contrário, na ausência de glicose "verdadeira", a tatuagem fica roxa. Quando estamos perante concentrações normais de glicose no sangue a tatuagem fica cor-de-laranja.

   É um processo que se repete em questão de segundos e garante sempre uma leitura correcta. Os testes são feitos constantemente e os diabéticos não precisariam de se picar várias vezes ao dia para monitorizarem os níveis de glicose.     

    Este processo envolve testes que, para já, só se fazem em animais.