SIDA

     A sida é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais, contacto com sangue infectado, de mãe para filho durante a gravidez ou parto, e também através da amamentação.

    O HIV é um vírus bastante perigoso que, ao entrar no organismo, se dirige para os vasos sanguíneos, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva) mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não afectam as pessoas cujo sistema imunológico funciona conveniente. Também podem surgir alguns tipos de tumores.

     A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso e outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.  

Sintomas

     A fase aguda da infecção com HIV ocorre uma a quatro semanas após o momento do contágio. Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos da gripe como febre, suores, dores de cabeça, de estômago, dores nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em engolir e gânglios linfáticos inchados. Calcula-se que pelo menos 50% dos infectados tenham estes sintomas.

     Algumas pessoas perdem peso e outras, ocasionalmente, podem perder a mobilidade nos braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco tempo. A fase aguda da infecção com HIV dura entre uma a três semanas. Todos recuperam desta fase, em resposta à reacção do sistema imunológico, os sintomas desaparecem e observa-se um decréscimo de carga viríca.

     Os seropositivos vivem, depois da fase aguda, um período em que não apresentam sintomas, embora o vírus esteja a multiplicar-se no seu organismo, o que pode prolongar-se por diversos anos. É neste período que se encontram, actualmente 70 a 80% dos infectados de todo o mundo.

    Uma pessoa seropositiva, mesmo que não tenha sintomas clínicos, pode transmitir o HIV.

  Na fase sintomática da infecção (mas ainda sem critérios de SIDA), o doente começa a ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema imunológico. O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso, suores nocturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre outros sintomas.

    Tratamento actual

    Ainda não foi encontrada uma cura para o vírus do VIH, ou seja um modo eficaz de eliminar totalmente o vírus do organismo.

    Os tratamentos existentes são compostos, normalmente, por mais do que um medicamento, o qual reduz a carga vírica e atrasam os danos que o vírus pode provocar no sistema imunológico. Com a administração de medicamentos já existentes, a quantidade do vírus no sangue começa a decrescer ao fim de alguns dias. Na maioria das pessoas que têm acesso ao tratamento, e que o cumprem adequadamente de acordo com as indicações do seu médico, 99% do vírus presente no sangue é eliminado ao fim de quatro semanas e, ao fim de quatro a seis meses, a maior parte passará a ter “HIV não detectável”. No entanto, o vírus permanece no organismo e mantém-se o risco de transmissão da infecção a outras pessoas.

    A nanomedicina no tratamento do HIV

     Terapias à escala nanométrica estão a ser desenvolvidas para a cura de certas doenças que não têm cura, actualmente, como a SIDA.

    As nanotecnologias e as propriedades dos nanomateriais permitem inibir os mecanismos virais, tais como o crescimento, infecção e disseminação.

     Pesquisadores no Japão conseguiram incorporar ferro-porfirínico (grupo proteico associado com iões de ferro) em albuminas (proteínas que transportam moléculas e nutrientes no sangue). Essas proteínas modificadas, conseguem imitar a hemoglobina e são utilizadas na fabricação de sangue artificial. Isto reduz o número de contaminações de HIV e hepatite, entre outras doenças, através de transfusões sanguíneas.

    As células do sistema fagocitário mononuclear, particularmente monócitos/macrófagos têm um papel fundamental na infecção do HIV. Estas servem como reservatório para o vírus. A segmentação de agentes anti-HIV a estas células poderiam melhorar a sua segurança e eficácia. Nanomedicamentos direccionados podem proteger contra a transmissão do HIV, bem como a sua replicação. Alguns nanomedicamentos são concebidos como um sistema de distribuição de medicamentos direccionados especificamente para o efeito de vincular 120 proteínas na superfície do HIV.